Sociólogo - Escritor

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"La Casa de la Magdalena" (1977), "Essays of Resistance" (1991), "El destino de Norte América", de José Carlos Mariátegui. En narrativa ha escrito la novela "Secreto de desamor", Rentería Editores, Lima 2007, "Mufida, La angolesa", Altazor Editores, Lima, 2011; "Mujeres malas Mujeres buenas", (2013) vicio perfecto vicio perpetuo, poesía. Algunos ensayos, notas periodísticas y cuentos del autor aparecen en diversos medios virtuales.
Jorge Aliaga es peruano-escocés y vive entre el Perú y Escocia.
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1 de agosto de 2015

O mundo ideológico e político de José Carlos Mariátegui



Jorge Aliaga e Sandro Mariátegui, filho de Amauta José Carlos Mariátegui
Seminário Caio Prado Júnior e José Carlos Mariátegui
Com a organização dos professores Milton Pinheiro e Sofia Manzano, realizou-se na Universidad Nacional Mayor de San Marcos o Seminário Caio Prado Júnior e José Carlos Mariátegui: duas visões do socialismo latino-americano, nos dias 3 e 4 de junho do corrente ano.
O evento foi inaugurado e encerrado pelo Presidente do Instituto Cultural José Carlos Mariátegui, Renán Raffo.
O objetivo do Seminário foi vincular os pensamentos destes dois grandes pensadores do socialismo latino-americano e fazer uma releitura de suas respectivas obras, pautada na realidade atual.
Milton Pinheiro apresentou a influência do trabalho de Mariátegui no Brasil; Héctor Béjar recordou o debate ideológico do marxismo contemporâneo de Mariátegui; Sofia Manzano fez uma exposição da obra de Caio Prado Júnior; Roberto de la Cruz expôs as grandes linhas do pensamento de Amauta; Sara Beatriz Guardia analisou a obra de Mariátegui numa perspectiva de gênero; Rafael Ojeda comparou o pensamento de Mariátegui com o debate filosófico de hoje; José Ignácio López Soria debateu os atuais desafios da diversidade, multiculturalidade e interculturalidade.
Comentaram alguns trabalhos Osmar González, Jorge Aliaga, Alfonso López Chau e Pilar Roca.
O evento foi assistido por Sandro Mariátegui, filho de Amauta, e contou com a participação, no ato de abertura do seminário, do Coro da Federação de Trabalhadores da Construção Civil.
O seminário teve início com um debate teórico atualizado, que pôs o pensamento de Mariátegui no centro dos esforços pela unificação da esquerda peruana. A versão brasileira do evento será realizada entre os dias 15 e 17 de junho, nas Universidades do Rio e Campinas (São Paulo).
 
 
Por Jorge Aliaga Cacho
Valorizar a substancial obra de Caio Prado Júnior é vital para delinear o desenvolvimento da história das ideias na América Latina. Caio Prado Júnior, no Brasil e José Carlos Mariátegui, no Peru, ponderaram a teoria marxista para logo aplicá-la na interpretação da realidade sócio-econômica, cultural e política de seus respectivos países. O pensador paulista analisou a problemática social brasileira e as estratégias para a mudança social no Brasil. Estudou a relação existente entre pobres, agricultores rurais e a atividade política geral no contexto de uma ordem pós-colonial, que foi tipificada em “Agrária não camponesa”, como uma ordem “sem feudalismo, sem capitalismo clássico e sem uma burguesia nacional”. (Raimundo Santos: Rio de Janeiro: Mauad: 2001).
Caio Prado Júnior atribuiu à exógena economia brasileira qualidades próprias de um círculo vicioso, que atuou em detrimento do interesse doméstico do país e que levou o Brasil a um desigual crescimento, cujo desenvolvimento dependente pôs em perigo a própria sustentabilidade da nação. Este círculo vicioso, argumentou Prado Júnior, tornou difícil a transição do Brasil, de uma economia colonial a uma economia nacional, e excluiu a classe trabalhadora tanto da distribuição da riqueza como também da participação nos processos políticos emergentes. Este último, estabeleceu Prado Júnior, trouxe como resultado paupérrimas condições de vida e violenta repressão para as classes populares. Estes fatos demonstram que o colonialismo não foi derrotado no processo de independência brasileira, mas sim reafirmado durante o processo da república. À algo análogo chegaria o pensamento de Mariátegui, quando escrevera em seus “7 ensayos de interpretación de la realidad peruana”:
“A aristocracia terratenente, defendendo seus privilégios de princípio, conservava suas posições e, de fato, seguia sendo, no Peru, a classe dominante. A revolução não havia realmente elevado ao pode uma nova classe. A burguesia profissional e comerciante era muito débil para governar. A abolição da escravidão não passava, por isso, de ser uma declaração teórica. Porque a revolução não havia tocado o latifúndio”. (“7 ensayos”, p. 69. La revolución de la independencia e la propiedad agraria”).
Mariátegui também escreveu:
“A economia do Peru é uma economia colonial. Seu movimento, seu desenvolvimento, estão subordinados aos interesses e às necessidades dos mercados de Londres e de Nova York. Estes mercados enxergam no Peru um depósito de matérias-primas e uma praça para suas manufaturas”. (“7 ensayos”, p. 98, “Colonialismo” de nuestra agricultura costeña).
A partir do ponto de vista historiográfico, Caio Prado Júnior apontava que a dificuldade central do Brasil era o problema da escassez de mão de obra e o problema da sujeição à propriedade. Prado Júnior sugeriu como solução para este problema a eliminação das velhas relações patrimoniais, sobreviventes do regime escravista e a regulação dos direitos dos trabalhadores do campo. Em resumo, Prado Júnior, defendia a modernização dos sistemas laborais.
Na historiografia brasileira se encontra evidência de que os colonizadores portugueses encontraram no Brasil organizações sociais, supostamente, de menor desenvolvimento. Também encontraram carência de mão de obra, em contraste com a abundante disponibilidade de terras. Por estas razões, os lusitanos viram a necessidade da escravização, a mesma que chegou, posteriormente, nas regiões indo-hispânicas.
No Peru, diferentemente do Brasil, os colonizadores espanhóis encontraram sociedades indígenas que possuíam sistemas de trabalho coletivo, disciplina. Eram hierárquicas em sua organização, sedentárias e possuíam grupos sociais legalmente diferenciados.
Os problemas de caráter racial e econômico do Brasil, sustentava Caio Prado, eram consequência do colonialismo dirigido pelo comércio europeu global. Esta explicação desafiou as teorias de seus contemporâneos, como Gilberto Freyre, que celebrava o caráter híbrido da cultura brasileira, graças aos combinados efeitos da mestiçagem, um clima tropical e a relativa 'benígna' forma de escravização.
Raimundo Santos, estudioso da obra de Prado Júnior, sugere que o pensamento marxista do século XX no Brasil, se manteve em constante debate com teorias de história, sociologia e antropologia, tomando como referência o caráter e a história nacional, assim como também, a luta organizada no Brasil. A obra de Caio Prado, podemos afirmar categoricamente, vem servindo de grande influência no devir histórico brasileiro.
Santos também propõe que a adaptação de Caio Prado à teoria clássica marxista serviu como um constante referencial no complexo desenvolvimento do Partido Comunista no Brasil e defende que é impossível compreender o pensamento sócio-político e a prática do século XX, no Brasil, sem examinar a cultura política do comunismo brasileiro. (Raimundo Santos: Rio de Janeiro: Mauad: 2001).
Guillermo Palacios y Olivares, num artigo publicado na Revista do Instituto de Estudos Brasileiros, compara a temática da obra de Caio Prado Júnior com a temática da experiência agrária mexicana, particularmente, nas décadas de 1930-1940. Neste trabalho, Palacios distingue claramente algumas ideias caio-pradianas sobre a integração nacional e o tratamento diferenciado dos problemas da cultura no âmbito rural e, em especial, o da questão campesina.
“Para Caio Prado, e todos sabemos disso, a situação agrária brasileira durante os anos 1930 do século passado está caracterizada pela persistência do latifúndio e pelo contínuo predomínio das relações patrimoniais no campo, apesar de algumas evidências de um incipiente (e não sustentável) processo de fragmentação fundiária, resultado da crise do setor exportador durante a primeira metade da década. É um panorama que se mantém na perspectiva de nosso autor até os anos em que escreve os seus artigos sobre a questão agrária no Brasil, com equilíbrios e mudanças sim, porém nenhuma suficientemente importante para modificar as bases do modelo. Contra esse pano de fundo aparece o problema da “integração nacional”, porém, repito, referente ao núcleo que Caio Prado havia definido como o constitutivo da dinâmica histórica do Brasil: as relações de trabalho.
Em sua perspectiva, o problema da “integração nacional” tem a ver, basicamente, com a existência de numerosas variantes contratuais que persistem no interior das relações patrimoniais de trabalho no campo e que impedem, entre outras coisas, a formação de um contingente uniforme de força de trabalho, capaz de postular reivindicações comuns, e de incorporar as características de um exército de trabalho moderno à cidadania plena. É uma percepção da “integração nacional” como algo que tem a ver, basicamente, com a modernização do mercado de mão de obra, de maneira a que todos os trabalhadores se integrem nacionalmente, sob um mesmo padrão e constituam, de novo, uma força de trabalho homogênea, sujeita aos mesmos direitos e habilitada para formular demandas uniformes, de classe”.
Esta é uma perspectiva que suprime qualquer outro problema no caminho da integração nacional, e vê a integração como consequência da introdução e extensão dos direitos do trabalhador moderno, tais como, direito de greve, direito à educação e saúde, descansos remunerados, remunerações dignas, etc. Caio Prado Júnior não chegou a propôr uma reforma agrária geral, pelo menos antes de 1960, porém as Ligas Camponesas, associadas ao Partido Comunista Brasileiro (PCB), defenderam essa opção.
Guillermo Palacios y Olivares nos propõe a seguinte pergunta: Por quê o “problema da cultura” não é um problema para Caio Prado (ou não está relacionado com a questão da “integração nacional”)?
Palacios y Olivares, acadêmico mexicano, opina que a “cultura” não existe no campo da reflexão de Caio Prado Júnior como podem ver os historiadores “culturalistas” de nossos dias. O asteca defende que a “cultura” não existe em dois sentidos: o primeiro, de caráter historiográfico, que se prende na percepção que se teria na época das obras historiográficas de Caio Prado Júnior: “a escravidão como um sistema que não permitia outras perguntas que não fossem as ligadas à esfera da exploração do trabalho, a circulação comercial e à acumulação do capital. Estudar questões “culturais” no âmbito da escravidão era dedicar-se a ilusões vazias, que diminuíam até desaparecer completamente ante a magnitude da verdadeira dimensão que a dava sentido”.
O segundo era a concepção que o marxismo pré-gramsciano teria dessa dimensão da vida, onde a cultura se percebia como um resultado da ideologia. Eliminado o tema da “cultura”, na opinião de Palacios y Olivares, como algo que valeria a pena ser estudado pela história, “havia preparado uniformemente o mercado de trabalho durante a Colônia e na primeira metade do século XIX. Depois, no processo de sua desintegração, havia se desintegrado também essa unidade em uma gama de variantes relações laborais que “desintegraram” por sua vez a nação”. Esta foi a razão pela qual a reunificação dos modelos contratuais no campo fosse condição fundamental para a “re-integração” do Brasil.
Para finalizar, é necessário precisar que qualquer análise que trate sobre a obra de Caio Prado Júnior deve captar as diversas posições do autor e suas relações com o Marxismo. Prado Júnior foi o primeiro autor brasileiro a aplicar a ciência Marxista de maneira correta e diferenciada para analisar a história de seu país. Desta maneira, nos deixa o entendimento dos mais substanciais fenômenos da formação histórica do Brasil, que são de vital importância para compreender a realidade nacional e prescrever a estratégia de mudança que seu povo demanda.

30 de julio de 2015

Celos

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Por Jorge Rendón Vásquez 
El sábado último de 7 a 8 de la noche, escuché, como de costumbre, el programa “Tangos” de Eleazar Valverde Chale que se transmite por Radio Filarmonía (102.7). 
Fue un programa especial porque cumplía seis años, toda una proeza aquí y, creo, en cualquier otra parte, debida al entusiasmo y la acuciosidad de su animador.
En esa hora de la semana, las notas de los tangos seleccionados llenan mi sala y me transportan al Buenos Aires de otros tiempos. Como un regalo especial de cumpleaños, Valverde Chale puso el tango tzigane Jalousie (Celos) del músico danés Jacob Gade, compuesto en 1925. No lo escuchaba hace muchas décadas y me emocionó. La nostalgia despertó recuerdos de cuando tenía deciséis años, una edad en la que el amor suele ser poesía.
La historia podría ser la de un estudiante en vacaciones de fin de año llevando de la mano a su enamorada de su edad por alfalfares y trigales y subiendo desde Chilina al malecón de Selva Alegre en Arequipa. Agitados por la caminata, miraron la otra ribera del río, verde y amigable, como sus mentes, viviendo sólo el presente y despreocupados del futuro. Unos días después esta historia llegó a su fin cuando esa joven volvió los ojos hacia un hombre diez años mayor, y ese joven, al enterarse, sintió el lanzazo aleve de los celos, desconocido por él. Y supo, entonces, que estaba ante lo irremediable y que había perdido. Lo consoló una canción transmitida por una radio que decía con sus notas lo que a él le sucedía. Y el tiempo continuó su marcha.
Ya conozcan o no esa extraordinaria pieza musical, los invitó a escucharla en la versión de la espléndida violinista y cantante húngara Katica Illényi.
Wilkipedia: Jacob Gade (n. Vejle, 29 de noviembre de 1879 - 20 de febrero de 1963). Compositor y violinista danés nacido en Vejle (cerca de Copenhague). Jacob Thune Hansen Gade (su nombre completo), que a principio del siglo XX se ganaba la vida tocando el violín en los restaurantes y teatros de Copenhague, fue director de la gran orquesta Palads Cinema de esta ciudad, aunque jamás tuvo una educación musical formal.

28 de julio de 2015

Dora Elia Clarke Rivas y Machu Pcichu,




Perú
Dora Elia Clarke Rivas

Mi pluma se engalana
para cantar de ti
en letras de sangre
que fluyen de mi alma
como vivos arroyos.
En ti se nace
se muere
y se renace en tu plenitud.
Hoy
Perú de mis amores
le canto a tu suelo
en versos coloridos.
Machu Picchu
majestuoso flotas en el aire
y llegas
a los rincones del mundo
en olas del tiempo.
¡Escúchame!
Oye mis notas sentidas…
Hoy
le hablo a tu noble gente
y se inspira mi musa
y te venera
y mi henchido corazón
vierte un poema para ti.

Dora Elia.
25 de julio 2015.
EE.UU.
Derechos reservados de autor.


Aury E. Yovera Sobrino


Recientemente conocí en Chancay a una cultora de la décima. Poeta norteña que deleitó a una audiencia que se reunía para rendir homenaje al maestro Antonio Silva García. Su nombre es Aury E. Yovera Sobrino. Aury tuvo la gentileza de entregarnos algunos de sus versos en un tríptico autografiado y con sus generales de ley. "Nuestro verso es fecundo y mi entusiasmo no muere pese a que la gente me hiere y mi dolor es profundo", maravillosa entrega en sus "Reflexiones".
De el tríptico voy a rescatar el saludo, o presentación, de esta buena poeta de quien seguramente escucharemos más a menudo. Felicitaciones Aury y bienvenida al blog de los amigos.

Presentación
 
Por Aury E. Yovera Sobrino
 
Desde Sullana he venido
a traerte mi talento
y aún con todo acento
a mi poesía he añadido
corazón salero y ruido.
Aquí está Auri Yovera
que al son de una marinera
les decimará su arte
buscando en otra parte
zapatear con quien yo quiera.

La verdadera historia de la 'fiesta de la independencia'.






 
 



La primera bandera del Perú la presentó  el general Don José de San Martín, el 21 de octubre de 1820. En esa bandera blanquirroja, con sus diagonales cruzadas en el centro, se observaba un escudo  adornado por laureles, el mar, montañas y el sol.
 
Por Jorge Aliaga Cacho

(Carta de Tomás Guido - amigo de San Martín - del 6 de agosto de 1821, a su esposa Pilar Spano).

'El 28 del mes anterior se juró en esta capital la Independencia del Perú. No he visto en América un concurso ni más lúcido ni más numeroso. Las aclamaciones eran un eco continuado de todo el pueblo... Yo fui uno de los que pasearon ese día el estandarte del Perú independiente... Jamás podría premio alguno ser más lisonjero para mí, que ver enarbolado el estandarte de la libertad en el centro de la ciudad más importante de esta parte de América, cumpliendo el objeto de nuestros trabajos en la campaña ... ). En esa misma noche se dio refresco y baile en el cabildo. Ninguna tropa logró contener la aglomeración de gente y no pudo lucir el ambiguo que se preparó para los convidados (... ). En la noche siguiente se dio en el palacio del general un baile, al que asistieron todas las señoras, esto requeriría una descripción particular para lo que no tengo tiempo. La compostura con que se presentaron aquellas era elegante... Yo bailé mi contradanza de etiqueta con una señora y me separé con mis amigos a analizar los efectos de la política del gobierno antiguo'.
Tomás Guido relata en esa carta a su esposa la celebración de la independencia nacional en 1821. Allí, Guido, expresa que las aclamaciones por la celebración eran un eco continuado de todo el pueblo.  Me pregunto: ¿Hasta qué punto sus relatos eran parte de la emoción que éste señor sentía por la victoria de su clase social, y hasta qué punto era la genuina celebración de un pueblo convencido de que había llegado la hora de la conquista de sus derechos?  Bueno, para empezar, parece que la participación del pueblo, en la celebración oficial, llegó solamente hasta donde le permitieran las tropas formadas en la plaza para resguardar el recinto del cabildo. El baile, la comilona, eran reservados para los condes y marqueses, para los sacerdotes y los designados para tomar el poder.  El pueblo no participó del baile oficial.

Nos han hecho creer que la independencia del Perú nació de una proclama firmada por ´hijos notables'. Cuando en realidad debieron llamarlos por sus propios nombres: aristócratas, explotadores que nunca soltaron el poder económico heredado de la colonia y que continuaron explotando a su pueblo a lo largo de la historia republicana del Perú. La clase dominante, en realidad, se vio obligada a firmar la declaración de la independencia, timoratos, al saberse rodeados por las montoneras que amenazaban entrar a Lima.  Los aristócratas de no haberse plegado a la causa de la independencia, verían sus propiedades confiscadas y hasta podrían haber sido desterrados del país.  Esa fue la verdadera razón de la conducta 'patriótica' de la aristocracia limeña.  La burguesía parasitaria, heredera del poder económico, siempre ha logrado asirse de victorias populares  para preservar sus intereses de clase y continuar con la corrupción de la sociedad peruana y sumir al pueblo peruano en renovada explotación. Eso también ocurrió con los planes de la gran transformación ofrecida  y traicionada por el presente régimen. No puede haber independencia cuando los peruanos no tienen poder económico o cuando aquel poder  lo cedemos a potencias extranjeras que condicionan la explotación y el mal trato de nuestros connacionales. Ciento noventa y cuatro años han pasado desde aquel día en que se proclamara la independencia en la Plaza Mayor de Lima.  Y seguimos luchando.